UM TÚMULO
Homem olhando o mar,
roubando a vista de quem tem tanto direito à ela quanto você mesmo,
é da natureza humana ficar no meio de alguma coisa,
mas não se pode ficar no meio disto;
o mar não tem nada para dar senão um bem cavado túmulo.
Os abetos repousam em procissão, cada um com a esmeralda de capins em touceira na copa,
reservados como os seus contornos, sem nada dizer;
a repressão, no entanto, não é a mais óbvia característica do mar;
o mar é um colecionador, rápido em devolver um olhar rapace.
Há outros além de você que vestiram esse mesmo olhar –
cuja expressão não é mais um protesto; os peixes não mais os investigam
pois não restaram seus ossos:
os homens baixam as redes, sem saber do fato de que estão profanando um túmulo,
e vão embora remando depressa – as lâminas dos remos
juntas se deslocam como os pés de aranhas d’água, como se a morte fosse algo que não existisse.
As rugas progridem entre si numa falange – belas sob redes de espuma,
e somem sem ar enquanto o mar farfalha nas algas;
as aves nadam pelo ar em máxima velocidade, assobiando como outrora –
o casco da tartaruga flagela os pés dos penhascos, em movimento sob elas;
e o oceano, sob o pulso dos faróis e o ruído dos sinos das boias,
avança como sempre, parecendo não ser aquele mesmo oceano em que as coisas que caem são fadadas a afundar -
em que, se elas se viram e se torcem, é sem volição e tampouco consciência.
Traduzido por Adriano Scandolara. In: Escamandro. Disponível em:< https://escamandro.wordpress.com/2012/10/05/3-poemas-de-marianne-moore/>. Acesso em: 28. Dez. 2014.
A GRAVE
Man looking into the sea,
taking the view from those who have as much right to it as you have to it yourself,
it is human nature to stand in the middle of a thing,
but you cannot stand in the middle of this;
the sea has nothing to give but a well excavated grave.
The firs stand in a procession, each with an emerald turkey-foot at the top,
reserved as their contours, saying nothing;
repression, however, is not the most obvious characteristic of the sea;
the sea is a collector, quick to return a rapacious look.
There are others besides you who have worn that look –
whose expression is no longer a protest; the fish no longer investigate them
for their bones have not lasted:
men lower nets, unconscious of the fact that they are desecrating a grave,
and row quickly away — the blades of the oars
moving together like the feet of water-spiders as if there were no such thing as death.
The wrinkles progress among themselves in a phalanx – beautiful under networks of foam,
and fade breathlessly while the sea rustles in and out of the seaweed;
the birds swim throught the air at top speed, emitting cat-calls as heretofore –
the tortoise-shell scourges about the feet of the cliffs, in motion beneath them;
and the ocean, under the pulsation of lighthouses and noise of bell-buoys,
advances as usual, looking as if it were not that ocean in which dropped things are bound to sink –
in which if they turn and twist, it is neither with volition nor consciousness.
A GRAVE. In: Escamandro. Disponível em:. Acesso em: 28. Dez. 2014.
SILÊNCIO
Meu pai frequentemente dizia:
"As melhores pessoas nunca fazem longas visitas,
não precisam visitar o túmulo de Longfellow
ou as flores de vidro em Harvard.
Autossuficientes como o gato, -
que leva a presa prum pedaço isolado,
a cauda do rato como um laço de sapato pendendo da boca -
às vezes gostam da solidão,
e podem ficar sem palavras
vendo as palavras que as encantaram.
O sentimento mais profundo sempre se mostra em silêncio;
não silenciando, mas se contendo";
Também era sincero quando dizia: "Faz de minha casa sua hospedaria"
Hospedarias não são casas.
Traduzido por Gabriel Resende Santos. In: Occam, big bangs & outras explosões. Disponível em:. Acesso em: 28. Dez. 2014.
SILENCE
My father used to say,
“Superior people never make long visits,
have to be shown Longfellow’s grave
or the glass flowers at Harvard.
Self-reliant like the cat –
that takes its prey to privacy,
the mouse’s limp tail banging lile a shoelace from its mouth –
they sometime enjoy solitude,
and can be robbed of speech
by speech which has delighted them.
The deepest feeling always shows itself in silence;
not in silence, but restraint”;
Nor was he insincere in saying, “Make my house your inn”.
Inns are not residences.
SILENCE. In: Occam, big bangs & outras explosões. Disponível em:. Acesso em: 28. Dez. 2014.
O QUE SÃO OS ANOS?
O que é nossa inocência,
nossa culpa? Frágeis, somos,
vulneráveis. E de onde vem a
coragem: a pergunta sem resposta,
a resoluta dúvida, —
muda chamando, surda ouvindo — que
no infortúnio, na morte mesmo,
encoraja outras ainda
e em sua derrota anima
a alma a ser forte? Compraz-se
e com perspicácia vê
quem a mortalidade abrace
e no confinamento contra si
mesmo se volte, assim
como o mar que no abismo intenta ser,
livre mas, incapaz de ser,
no ato de capitular
encontra seu perdurar.
Quem no sentimento espera
assim age. O próprio pássaro,
que ao cantar se engrandece, acera
o corpo aprumado. Embora cativo,
seu poderoso trino
diz: o contentamento é humilde;
quão puro é o regozijo.
Isto é mortalidade,
isto é eternidade.
Traduzido por José Antonio Arantes. In: Mundo de K. Disponível em:< http://mundodek.blogspot.com.br/2011/02/marianne-moore.html#.VKCmPf-oAA>. Acesso em: 28. Dez. 2014.
WHAT ARE YEARS?
What is our innocence,
what is our guilt? All are
naked, none is safe. And whence
is courage: the unanswered question,
the resolute doubt,—
dumbly calling, deafly listening—that
in misfortune, even death,
encourages others
and in its defeat, stirs
the soul to be strong? He
sees deep and is glad, who
accedes to mortality
and in his imprisonment rises
upon himself as
the sea in a chasm, struggling to be
free and unable to be,
in its surrendering
finds its continuing.
So he who strongly feels,
behaves. The very bird,
grown taller as he sings, steels
his form straight up. Though he is captive,
his mighty singing
says, satisfaction is a lowly
thing, how pure a thing is joy.
This is mortality,
this is eternity.
WHAT ARE YEARS? In: Mundo de K. Disponível em: . Acesso em: 28. Dez. 2014.
PARA UMA GIRAFA
Se é inaceitável, na verdade, mortífero
ser pessoal e indesejável
ser literal — ou até mesmo nocivo
se o olho não é inocente — quer dizer que
alguém pode viver só com as folhinhas do topo
acessíveis só ao bicho mais alto? —
do qual a girafa é o exemplo mais vivo —
o animal infreqüentável.
Quando tem assolado seu espírito,
uma criatura pode ser intragável
isso seria irresistível;
para ser precisa, excepcional
já que menos freqüentável
que certo animal emocionalmente inapto.
Por fim,
o consolo da metafísica
pode ser profundo. A existência, em Homero,
é falha; a transcendência, condicional;
“o caminho do pecado à redenção, eterno.”
Traduzido por Jean Cristtus Portela. In: Tal a fuga. Disponível em:. Acesso em: 28. Dez. 2014.
TO A GIRAFFE
If it is unpermissible, in fact fatal
to be personal and desirable
to be literal — detrimental as well
if the eye is not innocent — does it mean that
one can live only on top leaves that are small
reachable only by a beast that is tall? —
of which the giraffe is the best example —
the unconversational animal.
When plagued by the psychological,
a creature can be unbearable
that could have been irresistible;
or to be exact, exceptional
since less conversational
than some emotionally-tied-in-knots animal.
After all
consolations of the metaphysical
can be profound. In Homer, existence
is flawed; transcendence, conditional;
“the journey from sin to redemption, perpetual.”
TO A GIRAFFE. In: Tal a fuga. Disponível em:. Acesso em: 28. Dez. 2014.
AO PROGRESSO MILITAR
Você usa a mente
pra cavar arduamente
nada.
Você pole a mente
e a usa pra, tortamente,
risadas
No seu torso,
prostrar onde o corvo
cai
em almas que seu
deus assim concebeu,
retrai
suas asas até
que tragam pra cá
mais
homens-instantâneos,
mortos espontâneos,
baixo
custo de guerra.
Choram os que enterram,
carcaças,
e procuram o lucro
até que o céu rubro
nasça.
Traduzido por Matheus “Mavericco”. In: Matheus “Mavericco”. Disponível em:< http://matheusmavericco.blogspot.com.br/2014/03/05-poemas-de-marianne-moore.html>. Acesso em: 28. Dez. 2014.
TO MILITARY PROGRESS
You use your mind
Like a millstone to grind
Chaff.
You polish it
And with your warped wit
Laugh
At your torso,
Prostrate where the crow
Falls
On such faint hearts
As its god imparts,
Calls,
And claps its wings
Till the tumult brings
More
Black minute-men
To revive again,
War
At little cost.
They cry for the lost
Head
And seek their prize
Till the evening sky's
TO MILITARY PROGRESS. In: Poetry Nook. Disponível em:. Acesso em: 28. Dez. 2014.
A UM CAMALEÃO
Atrás das frutas, folhagem de agosto,
da videira
em meio
à tua anatomia
e em torno a troncos polidos e ameixas,
Camaleão.
Fogueira acesa
em esmeralda à maneira
da esmeralda espessa do Rei Negro,
não capta espectro por repasto
tal qual fizeste.
Traduzido por Matheus “Mavericco”. In: Matheus “Mavericco”. Disponível em:< http://matheusmavericco.blogspot.com.br/2014/03/05-poemas-de-marianne-moore.html>. Acesso em: 28. Dez. 2014.
TO A CHAMELEON
Hid by the august foliage and fruit
of the grape-vine
twine
your anatomy
round the pruned and polished stem,
Chameleon.
Fire laid upon
an emerald as long as
the Dark King’s massy
one,
could not snap the spectrum up for food
as you have done.
TO A CHAMELEON. In: Ondioline. Disponível em:. Acesso em: 28. Dez. 2014.
Ó SER UM DRAGÃO
Se eu, como Salomão, . . .
tivesse meu desejo —
meu desejo . . . Ó ser um dragão,
símbolo do poder do Céu — grandioso o
bicho-da-seda; às vezes invisível.
Fenômeno ditoso!
Traduzido por Matheus “Mavericco”. In: Matheus “Mavericco”. Disponível em:. Acesso em: 28. Dez. 2014.
O TO BE A DRAGON
If I, like Solomon,...
could have my wish-
my wish... O to be a dragon,
a symbol of the power of Heaven-of silkworm
size or immense; at times invisible.
Felicitous phenomenon!
O TO BE A DRAGON. In: Poetanthology. Disponível em:< https://poetanthology.wikispaces.com/Marianne+Moore>. Acesso em: 28. Dez. 2014.
Homem olhando o mar,
roubando a vista de quem tem tanto direito à ela quanto você mesmo,
é da natureza humana ficar no meio de alguma coisa,
mas não se pode ficar no meio disto;
o mar não tem nada para dar senão um bem cavado túmulo.
Os abetos repousam em procissão, cada um com a esmeralda de capins em touceira na copa,
reservados como os seus contornos, sem nada dizer;
a repressão, no entanto, não é a mais óbvia característica do mar;
o mar é um colecionador, rápido em devolver um olhar rapace.
Há outros além de você que vestiram esse mesmo olhar –
cuja expressão não é mais um protesto; os peixes não mais os investigam
pois não restaram seus ossos:
os homens baixam as redes, sem saber do fato de que estão profanando um túmulo,
e vão embora remando depressa – as lâminas dos remos
juntas se deslocam como os pés de aranhas d’água, como se a morte fosse algo que não existisse.
As rugas progridem entre si numa falange – belas sob redes de espuma,
e somem sem ar enquanto o mar farfalha nas algas;
as aves nadam pelo ar em máxima velocidade, assobiando como outrora –
o casco da tartaruga flagela os pés dos penhascos, em movimento sob elas;
e o oceano, sob o pulso dos faróis e o ruído dos sinos das boias,
avança como sempre, parecendo não ser aquele mesmo oceano em que as coisas que caem são fadadas a afundar -
em que, se elas se viram e se torcem, é sem volição e tampouco consciência.
Traduzido por Adriano Scandolara. In: Escamandro. Disponível em:< https://escamandro.wordpress.com/2012/10/05/3-poemas-de-marianne-moore/>. Acesso em: 28. Dez. 2014.
A GRAVE
Man looking into the sea,
taking the view from those who have as much right to it as you have to it yourself,
it is human nature to stand in the middle of a thing,
but you cannot stand in the middle of this;
the sea has nothing to give but a well excavated grave.
The firs stand in a procession, each with an emerald turkey-foot at the top,
reserved as their contours, saying nothing;
repression, however, is not the most obvious characteristic of the sea;
the sea is a collector, quick to return a rapacious look.
There are others besides you who have worn that look –
whose expression is no longer a protest; the fish no longer investigate them
for their bones have not lasted:
men lower nets, unconscious of the fact that they are desecrating a grave,
and row quickly away — the blades of the oars
moving together like the feet of water-spiders as if there were no such thing as death.
The wrinkles progress among themselves in a phalanx – beautiful under networks of foam,
and fade breathlessly while the sea rustles in and out of the seaweed;
the birds swim throught the air at top speed, emitting cat-calls as heretofore –
the tortoise-shell scourges about the feet of the cliffs, in motion beneath them;
and the ocean, under the pulsation of lighthouses and noise of bell-buoys,
advances as usual, looking as if it were not that ocean in which dropped things are bound to sink –
in which if they turn and twist, it is neither with volition nor consciousness.
A GRAVE. In: Escamandro. Disponível em:
SILÊNCIO
Meu pai frequentemente dizia:
"As melhores pessoas nunca fazem longas visitas,
não precisam visitar o túmulo de Longfellow
ou as flores de vidro em Harvard.
Autossuficientes como o gato, -
que leva a presa prum pedaço isolado,
a cauda do rato como um laço de sapato pendendo da boca -
às vezes gostam da solidão,
e podem ficar sem palavras
vendo as palavras que as encantaram.
O sentimento mais profundo sempre se mostra em silêncio;
não silenciando, mas se contendo";
Também era sincero quando dizia: "Faz de minha casa sua hospedaria"
Hospedarias não são casas.
Traduzido por Gabriel Resende Santos. In: Occam, big bangs & outras explosões. Disponível em:
SILENCE
My father used to say,
“Superior people never make long visits,
have to be shown Longfellow’s grave
or the glass flowers at Harvard.
Self-reliant like the cat –
that takes its prey to privacy,
the mouse’s limp tail banging lile a shoelace from its mouth –
they sometime enjoy solitude,
and can be robbed of speech
by speech which has delighted them.
The deepest feeling always shows itself in silence;
not in silence, but restraint”;
Nor was he insincere in saying, “Make my house your inn”.
Inns are not residences.
SILENCE. In: Occam, big bangs & outras explosões. Disponível em:
O QUE SÃO OS ANOS?
O que é nossa inocência,
nossa culpa? Frágeis, somos,
vulneráveis. E de onde vem a
coragem: a pergunta sem resposta,
a resoluta dúvida, —
muda chamando, surda ouvindo — que
no infortúnio, na morte mesmo,
encoraja outras ainda
e em sua derrota anima
a alma a ser forte? Compraz-se
e com perspicácia vê
quem a mortalidade abrace
e no confinamento contra si
mesmo se volte, assim
como o mar que no abismo intenta ser,
livre mas, incapaz de ser,
no ato de capitular
encontra seu perdurar.
Quem no sentimento espera
assim age. O próprio pássaro,
que ao cantar se engrandece, acera
o corpo aprumado. Embora cativo,
seu poderoso trino
diz: o contentamento é humilde;
quão puro é o regozijo.
Isto é mortalidade,
isto é eternidade.
Traduzido por José Antonio Arantes. In: Mundo de K. Disponível em:< http://mundodek.blogspot.com.br/2011/02/marianne-moore.html#.VKCmPf-oAA>. Acesso em: 28. Dez. 2014.
WHAT ARE YEARS?
What is our innocence,
what is our guilt? All are
naked, none is safe. And whence
is courage: the unanswered question,
the resolute doubt,—
dumbly calling, deafly listening—that
in misfortune, even death,
encourages others
and in its defeat, stirs
the soul to be strong? He
sees deep and is glad, who
accedes to mortality
and in his imprisonment rises
upon himself as
the sea in a chasm, struggling to be
free and unable to be,
in its surrendering
finds its continuing.
So he who strongly feels,
behaves. The very bird,
grown taller as he sings, steels
his form straight up. Though he is captive,
his mighty singing
says, satisfaction is a lowly
thing, how pure a thing is joy.
This is mortality,
this is eternity.
WHAT ARE YEARS? In: Mundo de K. Disponível em:
PARA UMA GIRAFA
Se é inaceitável, na verdade, mortífero
ser pessoal e indesejável
ser literal — ou até mesmo nocivo
se o olho não é inocente — quer dizer que
alguém pode viver só com as folhinhas do topo
acessíveis só ao bicho mais alto? —
do qual a girafa é o exemplo mais vivo —
o animal infreqüentável.
Quando tem assolado seu espírito,
uma criatura pode ser intragável
isso seria irresistível;
para ser precisa, excepcional
já que menos freqüentável
que certo animal emocionalmente inapto.
Por fim,
o consolo da metafísica
pode ser profundo. A existência, em Homero,
é falha; a transcendência, condicional;
“o caminho do pecado à redenção, eterno.”
Traduzido por Jean Cristtus Portela. In: Tal a fuga. Disponível em:
TO A GIRAFFE
If it is unpermissible, in fact fatal
to be personal and desirable
to be literal — detrimental as well
if the eye is not innocent — does it mean that
one can live only on top leaves that are small
reachable only by a beast that is tall? —
of which the giraffe is the best example —
the unconversational animal.
When plagued by the psychological,
a creature can be unbearable
that could have been irresistible;
or to be exact, exceptional
since less conversational
than some emotionally-tied-in-knots animal.
After all
consolations of the metaphysical
can be profound. In Homer, existence
is flawed; transcendence, conditional;
“the journey from sin to redemption, perpetual.”
TO A GIRAFFE. In: Tal a fuga. Disponível em:
AO PROGRESSO MILITAR
Você usa a mente
pra cavar arduamente
nada.
Você pole a mente
e a usa pra, tortamente,
risadas
No seu torso,
prostrar onde o corvo
cai
em almas que seu
deus assim concebeu,
retrai
suas asas até
que tragam pra cá
mais
homens-instantâneos,
mortos espontâneos,
baixo
custo de guerra.
Choram os que enterram,
carcaças,
e procuram o lucro
até que o céu rubro
nasça.
Traduzido por Matheus “Mavericco”. In: Matheus “Mavericco”. Disponível em:< http://matheusmavericco.blogspot.com.br/2014/03/05-poemas-de-marianne-moore.html>. Acesso em: 28. Dez. 2014.
TO MILITARY PROGRESS
You use your mind
Like a millstone to grind
Chaff.
You polish it
And with your warped wit
Laugh
At your torso,
Prostrate where the crow
Falls
On such faint hearts
As its god imparts,
Calls,
And claps its wings
Till the tumult brings
More
Black minute-men
To revive again,
War
At little cost.
They cry for the lost
Head
And seek their prize
Till the evening sky's
TO MILITARY PROGRESS. In: Poetry Nook. Disponível em:
A UM CAMALEÃO
Atrás das frutas, folhagem de agosto,
da videira
em meio
à tua anatomia
e em torno a troncos polidos e ameixas,
Camaleão.
Fogueira acesa
em esmeralda à maneira
da esmeralda espessa do Rei Negro,
não capta espectro por repasto
tal qual fizeste.
Traduzido por Matheus “Mavericco”. In: Matheus “Mavericco”. Disponível em:< http://matheusmavericco.blogspot.com.br/2014/03/05-poemas-de-marianne-moore.html>. Acesso em: 28. Dez. 2014.
TO A CHAMELEON
Hid by the august foliage and fruit
of the grape-vine
twine
your anatomy
round the pruned and polished stem,
Chameleon.
Fire laid upon
an emerald as long as
the Dark King’s massy
one,
could not snap the spectrum up for food
as you have done.
TO A CHAMELEON. In: Ondioline. Disponível em:
Ó SER UM DRAGÃO
Se eu, como Salomão, . . .
tivesse meu desejo —
meu desejo . . . Ó ser um dragão,
símbolo do poder do Céu — grandioso o
bicho-da-seda; às vezes invisível.
Fenômeno ditoso!
Traduzido por Matheus “Mavericco”. In: Matheus “Mavericco”. Disponível em:
O TO BE A DRAGON
If I, like Solomon,...
could have my wish-
my wish... O to be a dragon,
a symbol of the power of Heaven-of silkworm
size or immense; at times invisible.
Felicitous phenomenon!
O TO BE A DRAGON. In: Poetanthology. Disponível em:< https://poetanthology.wikispaces.com/Marianne+Moore>. Acesso em: 28. Dez. 2014.
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