Williams almejava reproduzir a experiência imediata, sendo famoso por cunhar a expressão “No ideas but in things”, ou seja, “nada de ideias exceto nas coisas.” Este verso da versão de 1927 de um poema de Williams, Paterson, tornou-se um mantra para a poesia no início do século XX. Como Ezra Pound, ele queria “amarrotar as saias das pudicas”, bem como desejava fugir da convenção poética e repudiar o que ele considerava ser a retórica ensinada de literatos patrícios, tais como T. S. Eliot e Wallace Stevens.
William Carlos William nasceu em Rutherford, Nova Jersey, no dia 17 de setembro de 1883. Era filho de um pai inglês, William George Williams (um homem de negócios de Nova York, de origem inglesa) e uma mãe porto riquenha de nome Raquel Hélène Hoheb. Williams falava espanhol e francês e após receber educação primária e secundária em sua cidade natal, Rutherford, foi enviado à Europa, onde permaneceu de 1897 a 1899, tendo frequentado uma escola em Genebra e depois no Lycée Condorcet, em Paris. Retornando aos Estados Unidos, frequentou a Horace Mann School e após se submetido a uma prova especial, foi admitido, em 1902, na escola de medicina da Universidade da Pennsylvania. Formou-se em medicina em 1906. Foi na Universidade da Pennsylvania que Williams conheceu H. D. (Hilda Doolittle), o artista Charles Demuth e Ezra Pound, de quem foi amigo por toda a vida.
Formado em medicina, Williams partiu para a Europa onde fez pós-graduação em pediatria na Alemanha. Após os estudos na Alemanha, viajou pela Holanda, França, Inglaterra e Espanha. De volta aos Estados Unidos, em 1910, abriu um consultório em Rutherford e em 1912 casou-se com Florence Herman.
Williams publicou, às suas próprias expensas, seu primeiro livro de poesia, “Poems”, em 1909. Aquele fino volume de versos imitativos, que vendeu apenas “cerca de quatro cópias”, a 35 centavos cada, foi o primeiro de mais de quarenta volumes de contos, romances, peças, ensaios e poesia que estavam por vir.
Em 1913, Elkin Mathews, editor de Pound, publicou uma segunda coletânea de poemas de Williams, “The Tempers”, em Londres. Seu terceiro volume, “Al Que Quiere!”, reflete as raízes hispânicas e porto riquenhas de Williams e foi publicado em 1917. Apesar destas raízes, Williams tinha uma compreensão muito intensa do que significava ser “americano”. Como a morte do pai, em 1918, o poeta procurou um lugar para se estruturar. Ilusório, evanescente, seu país permaneceu suspenso exatamente fora de seu domínio e seu amor pela América tornou-se um tema disseminado por toda a sua poesia e prosa, que ele começaria a escreveu a partir dos anos 20.
Após uma experiência com o teatro com a peça “The Apple Tree”, a necessidade de Williams por inovações levou-o à prosa com a importante “Kora in Hell: Improvisations”, publicado em 1920. Em 1921 surge a compor Sour Grapes, poemas repletos de uma ironia amarga. Em 1923 publicou “Spring and All”, que contém o mais famoso de seus poemas, “The Red Wheelbarrow”.
Seguindo Pound, Williams foi um dos principais poetas do movimento Imagista, Com o passer do tempo, todavia, Williams tornou-se mais e mais divergente com o valores divulgados no trabalho de Pound e, especialmente, de Eliot, que segundo Willians estava (Eliot) muito preso a cultura e tradições europeias. Continuando o experimento com novas técnicas de métrica e delineamento, Williams buscava inventar uma poética inteiramente vivaz – e singularmente americana – cujo tema fosse centralizado nas circunstâncias da vida e na rotina das pessoas comuns.
O mais ambicioso projeto de Williams foi “Paterson”, um longo poema épico, uma montagem de imagens e temas misturados aos detalhes da história americana, publicado em fascículos, sendo o primeiro em 1946 e o sexto, postumamente, em 1963.
A influência de Williams como poeta estendeu-se pelos anos 20 e 30, obscurecida, ela achava, pela imensa popularidade de "The Waste Land", de Eliot, todavia seu trabalho recebeu uma crescente atenção nos anos 50 e 60 à medida que jovens poetas, incluindo Allen Ginsberg e os Beats, foram afetados pela acessibilidade de sua linguagem e sua franqueza como mentor.
As ideias revolucionárias de Williams levaram-no a escrever uma poesia simples, direta e aparentemente sem forma. Parecia ser ele um escritor “não literato”, todavia sua poética, por todo vigor e legítima espontaneidade, foi o resultado de constantes recomposições e refinamentos. Como Whitman, Williams usou o linguajar e os lugares comuns da paisagem americana para retratar a América urbana contemporânea. E ainda como Whitman foi uma força significante na libertação da poesia das limitações e regularidade vaticinadora de ritmos e métrica tradicionais. Criticado desde então como um inocente que fez a fatal suposição de que o principal valor humano e literário é a “sinceridade”, Williams foi, contudo, o primeiro literato inovador, na verdade o poeta do século XX mais sensível à suntuosa miséria da América.
Em outubro de 1955, Williams teve o terceiro e paralisante ataque do coração. Teve que reaprender a falar e aprendeu também a datilografar, com uma mão sequelada, numa máquina de escrever elétrica. Seu ritmo necessariamente tornou-se lento. Em 1959 publicou “Yes, Mrs. Williams,” uma biografia de sua mãe e assistiu a bem sucedida montagem de sua peça “Many Loves”. Em 1961 foi publicada uma antologia de seus contos no Farmers' Daughters e uma coletânea de suas peças com o título de “Many Loves and Other Plays”. Williams sobreviveu a uma série de debilitantes ataques do coração. Em 1962, a editora “New Directions” aqule que seria sua última coletânea de poemas “Pictures from Brueghel and Other Poems”, que postumamente ganhou o Prêmio Pulitzer.
William Carlos Williams morreu em 4 de março de 1963, com setenta e nove anos, em sua casa em Rutherford.
Perfil biográfico elaborado por Dalcin Lima, aos 05 de fevereiro de 2016, a partir do site da Academy of American Poets.
Formado em medicina, Williams partiu para a Europa onde fez pós-graduação em pediatria na Alemanha. Após os estudos na Alemanha, viajou pela Holanda, França, Inglaterra e Espanha. De volta aos Estados Unidos, em 1910, abriu um consultório em Rutherford e em 1912 casou-se com Florence Herman.
Williams publicou, às suas próprias expensas, seu primeiro livro de poesia, “Poems”, em 1909. Aquele fino volume de versos imitativos, que vendeu apenas “cerca de quatro cópias”, a 35 centavos cada, foi o primeiro de mais de quarenta volumes de contos, romances, peças, ensaios e poesia que estavam por vir.
Em 1913, Elkin Mathews, editor de Pound, publicou uma segunda coletânea de poemas de Williams, “The Tempers”, em Londres. Seu terceiro volume, “Al Que Quiere!”, reflete as raízes hispânicas e porto riquenhas de Williams e foi publicado em 1917. Apesar destas raízes, Williams tinha uma compreensão muito intensa do que significava ser “americano”. Como a morte do pai, em 1918, o poeta procurou um lugar para se estruturar. Ilusório, evanescente, seu país permaneceu suspenso exatamente fora de seu domínio e seu amor pela América tornou-se um tema disseminado por toda a sua poesia e prosa, que ele começaria a escreveu a partir dos anos 20.
Após uma experiência com o teatro com a peça “The Apple Tree”, a necessidade de Williams por inovações levou-o à prosa com a importante “Kora in Hell: Improvisations”, publicado em 1920. Em 1921 surge a compor Sour Grapes, poemas repletos de uma ironia amarga. Em 1923 publicou “Spring and All”, que contém o mais famoso de seus poemas, “The Red Wheelbarrow”.
Seguindo Pound, Williams foi um dos principais poetas do movimento Imagista, Com o passer do tempo, todavia, Williams tornou-se mais e mais divergente com o valores divulgados no trabalho de Pound e, especialmente, de Eliot, que segundo Willians estava (Eliot) muito preso a cultura e tradições europeias. Continuando o experimento com novas técnicas de métrica e delineamento, Williams buscava inventar uma poética inteiramente vivaz – e singularmente americana – cujo tema fosse centralizado nas circunstâncias da vida e na rotina das pessoas comuns.
O mais ambicioso projeto de Williams foi “Paterson”, um longo poema épico, uma montagem de imagens e temas misturados aos detalhes da história americana, publicado em fascículos, sendo o primeiro em 1946 e o sexto, postumamente, em 1963.
A influência de Williams como poeta estendeu-se pelos anos 20 e 30, obscurecida, ela achava, pela imensa popularidade de "The Waste Land", de Eliot, todavia seu trabalho recebeu uma crescente atenção nos anos 50 e 60 à medida que jovens poetas, incluindo Allen Ginsberg e os Beats, foram afetados pela acessibilidade de sua linguagem e sua franqueza como mentor.
As ideias revolucionárias de Williams levaram-no a escrever uma poesia simples, direta e aparentemente sem forma. Parecia ser ele um escritor “não literato”, todavia sua poética, por todo vigor e legítima espontaneidade, foi o resultado de constantes recomposições e refinamentos. Como Whitman, Williams usou o linguajar e os lugares comuns da paisagem americana para retratar a América urbana contemporânea. E ainda como Whitman foi uma força significante na libertação da poesia das limitações e regularidade vaticinadora de ritmos e métrica tradicionais. Criticado desde então como um inocente que fez a fatal suposição de que o principal valor humano e literário é a “sinceridade”, Williams foi, contudo, o primeiro literato inovador, na verdade o poeta do século XX mais sensível à suntuosa miséria da América.
Em outubro de 1955, Williams teve o terceiro e paralisante ataque do coração. Teve que reaprender a falar e aprendeu também a datilografar, com uma mão sequelada, numa máquina de escrever elétrica. Seu ritmo necessariamente tornou-se lento. Em 1959 publicou “Yes, Mrs. Williams,” uma biografia de sua mãe e assistiu a bem sucedida montagem de sua peça “Many Loves”. Em 1961 foi publicada uma antologia de seus contos no Farmers' Daughters e uma coletânea de suas peças com o título de “Many Loves and Other Plays”. Williams sobreviveu a uma série de debilitantes ataques do coração. Em 1962, a editora “New Directions” aqule que seria sua última coletânea de poemas “Pictures from Brueghel and Other Poems”, que postumamente ganhou o Prêmio Pulitzer.
William Carlos Williams morreu em 4 de março de 1963, com setenta e nove anos, em sua casa em Rutherford.
Perfil biográfico elaborado por Dalcin Lima, aos 05 de fevereiro de 2016, a partir do site da Academy of American Poets.
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