Denise Levertov foi uma poeta nascida na Inglaterra, ensaísta e ativista política que escreveu versos sobre a trivialidade de temas políticos e pessoais. Ficou conhecida por trabalhos tais como The Sorrow Dance and The Freeing of the Dust.
Denise Levertov nasceu Priscilla Denise Levertoff em Ilford, Essex, Inglaterra, em 24 de outubro de 1923. Seu pai, que crescera numa família judia hassídica, convertera-se ao Cristianismo enquanto cursava faculdade na Alemanha. À época que Denise nasceu, ele se estabeleceu na Inglaterra e tornou-se pároco Anglicano. Sua mãe, que era galesa, lia autores como Willa Cather, Joseph Conrad, Charles Dickens e Leon Tolstoy em voz alta para. Levertov foi educado foi instruía inteiramente em casa e declarou que decidiu tornar-se escritora com a idade de cinco anos. Aos doze anos, enviou alguns de seus poemas ao poeta to T. S. Eliot, que respondeu com duas páginas de “excelentes conselhos” e encorajamento a continuar escrevendo. Aos dezessete anos, teve seu primeiro poema publicado no Poetry Quarterly.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Denise tornou-se uma enfermeira civil trabalhando em Londres em meio aos bombardeios. Ela escreveu seu primeiro livro, The Double Image (A Imagem Dupla), dos dezessete a vinte anos. O livro, lançado em 1946, trouxe-lhe o reconhecimento como uma do grupo de poetas apelidados de “New Romantics” (Novos Românticos).
Em 1947, Denise casou-se com Mitchell Goodman, um escritor norte-americano, e uma ano depois os dois mudaram-se para os Estados Unidos. Estabeleceram-se em Nova York, passando verões no Maine. Nickolai, filho do casal, nasceu em 1949. Denise tornou-se uma cidadã naturalizada norte-americana em 1956.
Após sua mudança para os Estados Unidos, Denise foi apresentada ao Transcendentalismo de Emerson e Thoreau, o experimentalismo formal de Ezra Pound, e, em particular, o trabalho de William Carlos Willams. Através da amizade de seu marido com o poeta Robert Creeley, ela uniu-se ao grupo de poetas Black Mountain, particularmente Creeley, Charles Olson, e Robert Duncan, que formou uma breve mas inovadora escola em 1933 na Carolina do Norte. Alguns de seus trabalhos foram publicados nos anos de 1950 na Black Mountain Review. Denise admitiu estas influências mas negou ter sido membro de qualquer escola poética. Denise se distanciou das formas fixas da prática inglesa, desenvolvendo um estilo aberto e experimental. Com a publicação de seu primeiro livro americano, Here and Now (1956) (Aqui e Agora), ela tornou-se uma voz importante na vanguarda americana. Seus poemas dos anos cinquenta e sessenta deram-lhe um reconhecimento imediato e estimulante, não apenas de rivais como Creeley e Duncan, mas também de poetas vanguardistas de uma geração anterior tais como Kenneth Rexroth e William Carlos Williams.
O livro seguinte de Denise Levertov, With Eyes at the Back of Our Heads (1959) (Com Olhos nas Costas de Nossas Cabeças), firmou-a como uma das maiores poetas norte-americanas e suas origens britânicas foram logo esquecidas. Denise foi poeta editora da revista The Nation em 1961 e de 1963 a 1965. Durante os anos de 1960, ativismo e feminismo tornaram-se manifestos em sua poesia. Nesse período ela produziu os seus mais memoráveis trabalhos de intensidade extrema e melancolia, The Sorrow Dance (1967) (A Dança do Pesar), que incluía seus sentimentos em relação à guerra e à morte de sua irmã mais velha. De 1975 a 1978, ela foi editora de poesia da revista Mother Jones.
Denise Levertov publicou mais de vinte volumes de poesia, incluindo Freeing the Dust (1975) (Libertando a Poeira), que ganhou o Lenore Marshall Poetry Prize. Foi também autora de quatro livros de prosa, o mais recente intitulado Tesserae (1995), e tradutora de três volumes de poesia, incluindo entre eles O Irlandês Negro de Jean Joubert (1989). From 1982 a 1993, ensinou na Stanford University. Denise passou a última década em Seattle e durante esse período publicou Poems 1968-1972 (1987), Breathing the Water (1987) (Respirando a Água), A Door in the Hive (1989) (Um Porta na Colmeia), Evening Train (1992) (Trem Noturno), and The Sands of the Well (1996) (As Areias do Poço).
Denise Levertov morreu em 20 de dezembro de 1997, com a idade de setenta e quatro anos, num hospital de Seattle, Washington. Segundo The New York Times, sua morte foi causada por complicações de um linfoma. A editora New Directions publicou This Great Unknowing: Last Poems (Este Grande Desconhecido: Últimos Poemas) em 1999 e The Collected Poems (Os poemas Colecionados) de Denise Levertov em 2013.
Traduzido do site da Academy of American Poets por Dalcin Lima em 01 de agosto de 2015.
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