Falando a Michael S. Glaser durante uma entrevista à Antioch Review, Lucille Clifton comentou que continuava a escrever porque "escrever é uma maneira de continuar a esperar... talvez para mim seja uma maneira de lembrar que não estou sozinha". Como Lucille Clifton gostaria de ser lembrada? "eu gostaria de ser vista como uma mulher cujas raízes voltaram à África, que tentou honrar ‘ser humano’. Minha inclinação é tentar ajudar". Thelma Lucille Sayles nasceu em Depew, Nova York, em 27 de junho de 1936. Frequentou a Universidade Howard, com uma bolsa de 1953 a 1955, mas abandonou-a antes de graduar para exercer a poesia. Formou-se pela State University of New York em Fredonia, próximo a Buffalo. Voltou a Buffalo, tornou-se parte do grupo de artistas negros e intelectuais de lá. Em 1958 casou-se com Fred James Clifton, que ensinava filosofia e estudos afro-americanos na Universidade de Buffalo, finalmente fixou-se com o marido em Maryland. Seu primeiro livro de poemas, Good Times (Bons Tempos), foi classificado cmo um dos melhores livros do ano pelo New York Times em 1969.
Clifton continuou empregada no estado e posições do governo federal até 1971, quando se tornou uma escritora residente no Coppin State College em Baltimore, Maryland, onde completou duas coletâneas: Good News About the Earth (Boas Notícias Sobre a Terra) (Random House, 1972) e An Ordinary Woman (Uma Mulher Comum) (1974).
Lucille Clifton é autora de várias coletâneas de poesia, incluindo Voices (Vozes) (BOA Editions, 2008); Mercy (Misericórdia) (2004); Blessing the Boats: New and Selected Poems 1988-2000 (Abençoando os Barcos: novos e Selecionados Poemas 1988-2000) (2000), que ganhou o National Book Award; The Terrible Stories (Histórias Terríveis) (1995), que foi indicado para um outro National Book Award; The Book of Light (O Livro da Luz) (Copper Canyon Press, 1993); Quilting: Poems 1987-1990 (Agasalhando: Poemas 1987-1990) (1991); e Next: New Poems (Próximo: Novos Poemas) (1987).
Sua coletânea Good Woman: Poems and a Memoir 1969-1980 (Boa Mulher: Poemas e uma Memória 1969-1980) (1987) foi indicado para o Prêmio Pulitzer; Two-Headed Woman (Mulher de Duas Cabeças) (1980), também foi indicado ao Pulitzer, foi recebedor do Prêmio Press Juniper da Universidade de Massachusetts. Clifton também escreveu Generations: A Memoir (Gerações: Uma Memória) (1976) e mais de dezesseis livros para crianças, especialmente escritos para um público afro-americano.
Acerca do trabalho de Lucille Clifton, Rita Dove escreveu: “em contraste com muito da poesia sendo escrita hoje – o lirismo intelectualizado caracterizado pelo emprego do pensamento indutivo às imagens incomuns – os poemas de Lucille Clifton compactos e auto-suficientes... suas revelações, então, assemelham-se as epifanias infantil e primeira adolescência, quando se necessita de preconcepções sobre o auto consentimento para um resvalamento no metafísico, um vislumbre num mundo sem ego, totalmente reificado e sereno”.
As honrarias recebidas por Clifton incluem um Prêmio Emmy Award pela Academia Americana de Televisão, Artes e Ciências, um Lannan Literary Award, duas bolsas do National Endowment for the Arts, um Shelley Memorial Award, o YM-YWHA Poetry Center Discovery Award, e o Prêmio Ruth Lilly, de 2007.
Em 1999, a poeta foi eleita Chanceler da Academia de Poetas Americano. Serviu como Poeta Laureada do Estado de Maryland de 1979 a 1985, e Professor Distinto de Humanidades no St. Mary’s College, de Maryland.
Após uma longa batalha contra o câncer, Lucille Clifton faleceu em 13 de fevereiro de 2010, com setenta e três anos de idade. Partiu a poeta cujos trabalhos focaram-se na vida dos negros e das mulheres.
Perfil bibliográfico elaborado por Dalcin Lima, aos 14 de maio de 2016, a partir da biografia postado no site da Academy of American Poets.
0 comentários:
Postar um comentário