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HART CRANE: O SUICIDA DA MODERNIDADE


Hart Crane foi um poeta americano na tradição mística que procurou, através de afirmações visionárias de sua riqueza imagística, uma poesia metafisicamente intensa, encontrar o desespero naturalístico dos anos de 1920. 

Harold Hart Crane nasceu no dia 21 de julho de 1899, em Garrettsville, Ohio. Era filho de um bem-sucedido fabricante de Cleveland do “Chocolate Crane” e cresceu em Cleveland. Ardentemente ele rejeitou os méritos de comerciante do pai e o atacou pelos valores e se ligou mais a sua educada mãe. A vida de Crane foi permeada por severos distúrbios psiquiátricos talvez originados de sua quase clássica situação de Édipo. Consequentemente tornou-se homossexual confesso e alcoólatra violento.

Em 1916 Crane foi para Nova York, onde desempenhou trabalhos ocasionais para sobreviver enquanto escrevi poesia. Mais tarde trabalhou em várias cidades do meio oeste antes de voltar para Nova York em princípios de 1920 para se aliar a vanguarda literária. Mergulhando no estudo de seus ancestrais literários americanos, particularmente Herman Melville, Walt Whitman e Emily Dickinson, Crane também conseguiu tornar-se familiarizado com o verso experimental que estava sendo publicado nas “pequenas revistas” da época e leu os últimos trabalhos de T. S. Eliot e Ezra Pound.

De 1925 até o fim de sua vida, Crane recebeu assistência financeira do banqueiro nova iorquino e patrono das artes Otto Kahn. Assim foi capaz de preparar para a publicação de seu primeiro volume de poesia, White Buildings (Prédios Brancos) (1926).

No início de 1922, uma leitura de Tertium Organum, escrito pelo místico russo P. D. Ouspensky, afetou Crane profundamente, pois proporcionou o que parecia uma defesa convincente da própria crença de Crane na eficácia do conhecimento místico baseado no êxtase e iluminação direta. Ouspensky usava Whitman como o mais importante exemple de um homem moderno possuído pela consciência mística, mais adiante aumento o interesse de Crane na poesia de Whitman. Este interesse consequentemente resultou no mais ambicioso projeto de Crane: The Bridge (A Ponte) (1930), uma série de longos poemas (inspirados no exemplo de Whitman) estritamente relacionados com o significado transcendental dos Estados Unidos, no qual Ponte do Brooklyn simboliza a evolução espiritual da civilização. Crane procurou construir uma “ponte” metafísica entre o individual e a raça, o temporal e o eterno, o físico e o transcendente.

As tortuosas afirmações espirituais da poesia de Crane, com sua iluminação e exaltação, representou o lado positivo de conflito intenso de uma vida inteira contra o desespero e a auto- aversão. No dia 26 de abril de 1932, depois de um ano no México com uma bolsa Guggenheim, Crane cometeu suicídio ao pular no Golfo do México do navio que o trazia de volta para os Estados Unidos. Assim o poeta uniu-se com o mar que tantas vezes de símbolo da força vital criativa universal e a ameaça da aniquilação.

Texto biográfico traduzido por Dalcin Lima, aos 14 de abril de 2016, do texto Hart Crane Facts, uma biografia de Hart Crane do site YourDictionary. 


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Sobre Jus et Humanitas

Sou Dalcin Lima, advogado, tradutor e um apaixonado por Línguas e Literatura, especialmente poesia. Sou protetor de animais em geral.
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