O escritor americano Lawrence Ferlinghetti é bem conhecido por seu próprio trabalho e igualmente por seus esforços em favor de outros escritores. O livro de poemas de Ferlinghetti, A Coney Island of the Mind (Uma Coney Island da Mente), está entre os volumes mais vendidos da história da poesia americana, com algo próximo de um milhão de cópias impressas, segundo boatos, e sua duradoura livraria, City Lights Books (Livros Luzes da Cidade), foi o lar intelectual do movimento da Geração Beat na cultura e literatura americana.
Em 24 de março de 1919, Lawrence Ferlinghetti nasceu em Yonkers, Nova York. Depois de passar sua primeira infância na França, ele graduou-se bacharel pela Universidade da Carolina do Norte e concluiu um mestrado na Universidade de Columbia e um PhD de Sorbonne.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Ferlinghetti serviu na Reserva da Marinha Americana e foi enviado para Nagasaki pouco tempo antes do bombardeio desta cidade. Ele se casou em 1951 e teve um casal de filhos.
Em 1953, Ferlinghetti e Peter Martin começaram a publicar a revista City Lights. Eles abriram também a City Lights Books Shop (Loja Livros Luzes da Cidade) em São Francisco para ajudar a manter a revista. Em 1955, eles lançaram City Light Publishing (Publicação Luz da Cidade), uma aventura editorial. City Lights ficou conhecida como o coração do movimento “Beat”, que incluía escritores como Kenneth Rexroth, Gary Snyder, Allen Ginsberg e Jack Kerouac.
Ferlinghetti é o autor de mais de trinta livros de poesia, incluindo Time of Useful Consciousness (New Directions, 2012); Poetry as Insurgent Art (New Directions, 2007); Americus, Book I (New Directions, 2004); San Francisco Poems (City Lights Books, 2002); How to Paint Sunlight (New Directions, 2001); A Far Rockaway of the Heart (New Directions, 1997); These Are My Rivers: New & Selected Poems, 1955-1993 (New Directions, 1993); Over All the Obscene Boundaries: European Poems & Transitions (New Directions, 1984); Who Are We Now? (New Directions, 1976); The Secret Meaning of Things (New Directions, 1969); e A Coney Island of the Mind (New Directions, 1958). Ele traduziu o trabalho de um grande número de poetas incluindo Nicanor Parra, Jacques Prevert e Pier Paolo Pasolini. Ferlinghetti é também o autor de mais de oito peças de teatro e dos romances Love in the Days of Rage (Overlook, 1988) e Her (New Directions, 1966).
Em 1994, San Francisco renomeou uma rua com seu nome. Em 1998 ele foi nomeado o primeiro poeta laureado de San Francisco. Outros prêmios e condecorações incluem o prêmio empreendimento vitalício do National Book Critics Circle em 2000, a Frost Medal em 2003 e Literarian Award em 2005, representando seu “notável serviço à comunidade literária americana”.
Atualmente, Ferlinghetti escreve uma coluna semanal para o San Francisco Chronicle. Ele também continua a administrar a livraria City Lights e viaja frequentemente para participar de conferências literárias e recitais de poesia.
Alexandre Kovacs, em seu blog Mundo de K, cita a crônica “o médio opositor” do Arthur Dapieve: “Allen Ginsberg morreu em 1997. Gregory Corso morreu em 2001. Lawrence Ferlinghetti não tem, aos 88 anos, como estar se sentindo muito bem. É o sobrevivente da tríade de poetas que fez a glória e a miséria – tematicamente mais esta do que aquela, é verdade – da poesia beat, no geral bem superior à prosa beat, da qual o superestimado Jack Kerouac foi o nome mais badalado”.
Perfil bibliográfico elaborado por Dalcin Lima a partir da biografia do Academy of American Poets e do blog Mundo de K aos 11 de fevereiro de 2016.
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