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LUNA: TRÊS POEMAS DE TORY DENT


nós

em teu braços
era muitas vezes incrivelmente
demais estar
em teus braços
cuidadosos como devíamos, às vezes, ser
devido o cateter I.V
na minha mão,
ou no meu pulso,
ou no meu antebraço
que colocávamos, conscientemente,
como um vaso Gamboni
o centro da atenção,
disposto, frágil identidade
como se nosso recém-nascido algum dia
estivesse em teu peito ―
a ser segregado, correndo
em teus braços
muitas vezes demais, era
naquela calma, a única calma
no meio de temores que turbulentamente colidiam
e as complexidades
da doença, todo o trabalho
que ainda tínhamos que fazer, acabado de fazer,
a esperança, ridículas quantidades dela
que tínhamos de bombear - we had to pump
do nada, realmente,
breve consenso
de possibilidade & experimento
acessando -
de nossas mentes embaraçadas e pequenas
apenas a ideia da esperança
feita da raspagem, ar e água
como a neve fabricada
um colossal cansaço
a severa concentração
daquilo, a repetição daquilo
suspenso por um momento
quase acima de nossos braços
inevitável, pressionado-o
para baixo
mas permanecendo alta
como o teto de uma catedral
estranhamente protegendo
enquanto eu segurava firmemente
enquanto lá eu podia
estar em teu braços
apenas lá, a única calma
a recordar o desejo,
permitir arrastar-se, rebocar contra a maré baixa ―
não precisas de motivos para viver
um motivo, piscando na neblina
organicamente suave na confusa escuridão
muitas vezes incrivelmente bastante
que está, estava
em teus braços

Tradução de Dalcin Lima aos 04 de fevereiro de 2016.

us

in your arms
it was incredibly often
enough to be
in your arms
careful as we had to be at times
about the I.V. catheter
in my hand,
or my wrist,
or my forearm
which we placed, consciously,
like a Gamboni vase,
the center of attention,
placed, frail identity
as if our someday-newborn
on your chest—
to be secluded, washed over
in your arms
often enough, it was
in that stillness, the only stillness
amidst the fears which wildly collided
and the complexities
of the illness, all the work
we had yet to do, had just done,
the hope, ridiculous ammounts of it
we had to pump
from nothing, really,
short-lived consensus
possibility & experiment
to access
from our pinched and tiny minds
just the idea of hope
make it from scratch, air and water
like manufactured snow
a colossal fatigue
the severe concentration
of that, the repetition of that
lifted for a moment
just above your arms
inevitable, pressuring
it weighed down
but remained above
like a cathedral ceiling,
strangely sheltering
while I held tightly
while there I could
in your arms
only there, the only stillness
remember the will,
allow the pull, tow against inevitable ebb—
you don't need reasons to live
one reason, blinking in the fog,
organically sweet in muddy dark
incredibly often enough
it is, it was
in your arms

us. In: Poetry Foundation. Disponível em:< https://www.poetryfoundation.org/poems-and-poets/poems/detail/58444>. Acesso em: 04. Fev. 2016.

PELEJA

Apenas minha boca te aceita, a verdura transforma-se em verde profundo.
Dentro de minha boca, teu braço enfiado, uma haste de gestos partindo-se graciosamente.
Em cada um de nós, criamos raízes arbitrariamente, como arbustos sedosos e guturais.
Palavreado, ampliamos a excitação de clausura pela excitação disto: abertura.
A noite estava tão úmida quando me ajoelhei nos degraus, molhados e frios, na pedra antes da guerra.
Nós brotamos com uma pulseira amuleto de toda sorte, feita à mão mas de latão como se fosse orgânico.
Não consigo imaginar o fim do meu encantamento, ornado mas de plumagem branca também.
O encerramento áureo disto como uma moeda de outro é, naturalmente, antigo.
Por que pode a experiência se espalhar, ser de seda e de bronze, no entanto, submersa?
Uma Torre Eiffel de miniatura, um trevo esmaltado, um feitiço próprio de sua pulseira.

Tradução de Dalcin Lima aos 04 de fevereiro de 2016.


PELEA

Only my mouth taking you in, the greenery splayed deep green.
Within my mouth, your arm inserted, a stem of gestures, breaking gracefully.
Into each other we root arbitrarily, like bushes, silken, and guttural.
Palaver, we open for the thrill of closing, for the thrill of it: opening.
The night was so humid when I knelt on the steps, wet and cold, of prewar stone.
A charm bracelet of sorts we budded, handmade but brazen, as if organic.
I cannot imagine the end of my fascination, emblazoned but feather-white too.
The gold closure of this like a gold coin is, of course, ancient.
Why can't experience disseminate itself, be silken and brazen yet underwater?
A miniature Eiffel Tower, an enameled shamrock, a charm owned by its bracelet.

PALEA. In: Academy of American Poetry. Disponível em:<https://www.poets.org/poetsorg/poem/palea>. Acesso em: 04. Fev. 2016.


LUNA

A lua tão frágil quanto um dente
A lua mal interpretada
Por uma casualidade que se torna verdade

Desmorona bruscamente como um espelho conciso
Sua semelhança de joga num estado de pânico
Meus dedos inchando
Da incerteza quase contida

E, no entanto, eu admito sua compaixão
E deixo que revelem
Sua história pelas ruas
Sua história fragmentando-se em pedaços no meio da correnteza
Enquanto ela permanece acordada, o propósito do comentário
Um povoado de vidro e madeira branca

Então, onde está ela em nossa união?
Onde está ela
Quando a Lotus Negra estende seus domínios?

Em meio ao hibisco e uma canja de Castila
Uma mulher é erguida pelos quadris
Seu cabelo puxado firmemente de suas têmporas
O jeito como o fio é sacudido da bobina

Com as costas de minha mão levantada
Para sua garganta, ela recua
Como um livro vagabundo para sua encadernação
O guindaste voltando
À sua alcova de sombras
Onde, em forma de cunha, entre marcas de tinta
A lua indolente é uma semente relaxada
Recusando-se a morrer e recusando-se a germinar
Não maior
Que um botão ou uma moeda de dez centavos

Mas silêncio
Ela escuta de sua cabine circular
Exclusivamente a você ou unicamente a mim
Sem malícia como uma pessoa especial
Com suas orelhas tristes e torcidas
Reverente como uma gueixa.

Tradução de Dalcin Lima aos 04 de fevereiro de 2016.


LUNA

The moon as brittle as a tooth
The moon mistaken
For a fortune coming true

Collapses tersely like a compact mirror
Its likeness sending me into a tailspin
My finger swelling
From the uncertainty nearly contained

And yet I admit her sympathy
I permit the telling
Of her story in the streets
Her story splintering apart in midstream
As she lies awake, the object of comment
A settlement of white wood and glass

Then where is she in our union?
Where is she
When the Black Lotus sways?

Amidst hibiscus and a broth of castile
A woman is lifted by her hips
Her hair pulled tightly from her temples
The way thread is jolted from a spool

With the back of my hand high
To her throat, she recoils
Like a loitering book to her binding
The crane returning
To her alcove of shade
Where wedged between the blueprints of ink
The indolent moon is a truant seed
Refusing to die and refusing to grow
No larger
Than a button or a dime

But hush
Now she listens from her circular booth
Solely to you or solely to me
Guileless as a pearl
With her sad, curved ear
Bowed like the forehead of a geisha girl

LUNA. In: UNZ.org - Periodicals, Books, and Authors. Disponível em:< http://www.unz.org/Pub/ParisRev-1983q1-00124>. Acesso: 04. Fev. 2016.












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Sobre Jus et Humanitas

Sou Dalcin Lima, advogado, tradutor e um apaixonado por Línguas e Literatura, especialmente poesia. Sou protetor de animais em geral.
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