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FREDERICK SEIDEL: O POETA DO SÉCULO XX POR MERECIMENTO


Frederick Seidel tem sido chamado de “o poeta do século XX por merecimento” e elogiado como um dos “melhores poeta a escrever na atualidade”; também foi denunciado por escrever uma poesia “sinistra” e “perturbadora”. Ange Mlinko, na Nation, descreveu seu trabalho como empregando “a prosódia da atrocidade.”

Frederick Seidel nasceu no dia 19 de fevereiro de 1936 em St. Louis, Missouri. Graduou-se pela Universidade de Harvard em 1957.

Seidel é o autor de numerosas coleções de poesia, incluindo Nice Weather (Farrar, Straus, & Giroux, 2012)(Tempo Bom); Poems: 1959-2009 (Farrar, Straus, & Giroux, 2010) (Poemas: 1959-2009); Evening Man (2008)(Homem da Noite); Ooga-Booga (2006)( Ooga-Booga), um finalista para o National Book Critics Circle Award; The Cosmos Trilogy (2003)(A Trilogia do Cosmos); Going Fast (1998)(Indo Rápido), um finalista para o Prêmio Prize de poesia de 1999; My Tokyo (1993) (Meu Tóquio); These Days (1989)(Estes Dias); e Poems: 1959-1979 (1989) (Poemas: 1959-1979). Suas premiações incluem o Prêmio Lamont de Poesia e um Prêmio PEN/Voelcker.

A primeira coleção de Seidel, Final Solutions (Soluções Finais), criou uma controvérsia em 1962 quando foi escolhido por um júri composto Louise Bogan, Stanley Kunitz e Robert Lowell para um prêmio patrocinado pela 92nd Street Y que incluía $1,500 de honorário e a publicação pela Atheneum Press. A Y rejeitou o manuscrito, afirmando que um dos poemas difamava uma pessoa famosa viva e Seidel estava revogando para atender o pedido das revisões. Em protesto, Stanley Kunitz renunciou como diretor da oficina de trabalho do Poetry Center, junto com Betty Kray, que tinha trabalhado como secretária executiva. Inicialmente, Atheneum concordou em publicar o livro, mesmo sem o apoio de Y, explicando ao New York Times: “A dicção poética e o estilo podem confundido a mensagem pretendida, mas é um trabalho sincero, honesto, dramático de grande intensidade e foi selecionado por decisão unânime de três distintos juízes.” Todavia, Atheneum consequente desistiu do livro e o mesmo foi publicado posteriormente pela Random House. Seidel não publicou outro livro por dezessete anos.

Em 2003, Seidel publicou The Cosmos Trilogy (A Trilogia do Cosmos), contendo os seus três primeiros volumes: The Cosmos Poems (Poemas do Cosmos), Life on Earth (Vida na Terra), and Area Code 212 (Área Código 12). A trilogia dos livros é livremente moldada na Divina Comédia de Dante, ainda que se passe na direção oposta, começando com o paraíso e terminando nas ruas de Manhattan, numa paisagem postal de 9/11 polegas. A primeira seção, The Cosmos Poems, formou-se depois que o Museu Americano de História Natural encarregou Seidel de escrever poemas para celebrar a abertura do novo Hayden Planetarium. Muitos poemas da última seção, Area Code 212, foram primeiramente publicados no Wall Street Journal, onde foram seriados mensalmente por aproximadamente dois anos.

O trabalho cruel e destemido de Seidel é frequentemente descrito em expressões que são simultaneamente elogio e reprovação, dependendo da perspectiva e, muitas vezes, confundido com especulações sobre sua notória fortuna, motocicletas italianas e amigos famosos. “Um violento misógino, ou um elegante sedutor, ou ambos?”, perguntou Adam Kirsch em The New Republic.

Em 2002 no perfil de Seidel em The Nation, Robyn Creswell escreveu: “Ele não é um satírico, não obstante pode ser muito perverso, e a comédia de seus poemas não uma comédia de costumes. Em lugar de ser mais desesperada, é mais uma comovente comédia tardia, na qual o poeta descobre que sua voz é apenas uma tonalidade, e que todas as tonalidades são apenas ecos. O que faz Seidel distinguir-se dos poetas americanos, todavia, não é apenas seu ar de desabrochante tédio, mas o fato de ele é exclusivamente contemporâneo.”

Em 2016, Farrar, Straus and Giroux publicou sua décima sexta e mais recente coleção de poemas, Widening Income Equality (Ampliação da Igualdade de Renda). Um dos poemas nesta coleção, "The Ballad of Ferguson, Missouri" (A Balada de Ferguson, Missouri), uma resposta ao fuzilamento policial do adolescente Michael Brown em Ferguson, Missouri, que foi foi originalmente publicado em 25 de novembro de 2014, na edição de The Paris Review, despertou uma polêmica online e na mídia social. Naquele mesmo ano, Seidel recebeu o Prêmio Hadada, de The Paris Review, dado para "um distinto membro da comunidade de escritores que fez uma forte e ímpar contribuição à literatura."

Há quem aponte a poesia de Seidel calcada no confessionalismo dos anos de 1960, mas Kate Jennings, em seu artigo Easy rider: Frederick Seidel’s ‘Ooga-Booga and Poems: 1959-2009’, declara: eis aqui um fato sobre Seidel: sua poesia não é um soluço controlado; é uma alegria incontrolada, se não um completo êxtase. Viver a vida ao máximo:

Kiss me here. Ouf! Kiss me there.
The crocodile of joy lifts the nostrils of his snout

I don’t care who lives or dies.
I am the crocodile of joy, who never lies. *



* Beije-me aqui. Ufa! Beije-me lá.
O crocodilo da alegria levanta a narina de seu focinho

Eu não me importo quem viva ou morra.
Sou o crocodilo da alegria, que nunca repousa.


Texto biográfico preparado por Dalcin Lima, aos 20 de agosto de 2016, a partir do texto da Academy of American Poets.
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Sobre Jus et Humanitas

Sou Dalcin Lima, advogado, tradutor e um apaixonado por Línguas e Literatura, especialmente poesia. Sou protetor de animais em geral.
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