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SETE POEMAS DE W.D. SNODGRASS


O CAMPUS NA COLINA

Acima das respeitáveis alamedas de velhas árvores simétricas
Elas andam altivas, crianças dos nouveaux riches; carrilhões
Da alta Torre do Relógio aspergem suas cabeças em bênção:
“Não quero brincar na tua casa;
Não gosto mais de ti.”

Minha casa fica em frente, na outra colina,
Entre campinas, com os cercados do pomar descendo e caindo;
Um cervo vem quase até a porta.
Você não pode vê-lo, mesmo nesta limpíssima manhã.
Pássaros brancos estão suspensos no intervalo
Acima do monte de lixo e aquelas residências a isso adjacentes,
Pairando lentamente, voltando, instalando-se
Como os flocos caindo imperceptivelmente para além da cidadezinha
Numa bolha de vidro.
E, contudo, nesta manhã, além deste calmo cenário,
Os pássaros flutuantes, nos quintais dos pobres,
Além da praça de compras, o canal morto, a ladeira estendendo-se inclinada no ar,

O amanhã irrompeu do hoje:
Tumultos na Algeria, em Chipre, no Alabama;
Envelhecidos na injustiça, os impérios estão caindo,
E a China junta-se, surdamente, como evidência.
O que direi eu ao jovem numa manhã assim? —
A mente é a única salvação? — também a gramática? —
Não; meus pequeninos não estão propensos a rebelião. Eles
São os Brancos, os indefinidamente e furiosamente levados, que resistem
Suas almas com tal passividade
Que fariam os Quakers jurar. Todo dia, querido Senhor, todo dia
Els usam sua divindade ligeiramente.
Eles olham para fora de sua colina e dizem,
Para eles mesmo, “Nós temos nenhum lugar para ir exceto lá para baixo;
A grande destinação é ficar.”

Certamente as nações serão razoáveis;
Elas olham para o mundo — não olham? — à maneira do mundo?
O relógio, agora, não tem nada mais a dizer.

Traduzido por Dalcin Lima aos 27 de fevereiro de 2015.

THE CAMPUS ON THE HILL

Up the reputable walks of old established trees
They stalk, children of the nouveaux riches; chimes
Of the tall Clock Tower drench their heads in blessing:
“I don't wanna play at your house;
I don't like you any more.”

My house stands opposite, on the other hill,
Among meadows, with the orchard fences down and falling;
Deer come almost to the door.
You cannot see it, even in this clearest morning.
White birds hang in the air between
Over the garbage landfill and those homes thereto adjacent,
Hovering slowly, turning, settling down
Like the flakes sifting imperceptibly onto the little town
In a waterball of glass.
And yet, this morning, beyond this quiet scene,
The floating birds, the backyards of the poor,
Beyond the shopping plaza, the dead canal, the hillside lying tilted in the air,

Tomorrow has broken out today:
Riot in Algeria, in Cyprus, in Alabama;
Aged in wrong, the empires are declining,
And China gathers, soundlessly, like evidence.
What shall I say to the young on such a morning? —
Mind is the one salvation? — also grammar? —
No; my little ones lean not toward revolt. They
Are the Whites, the vaguely furiously driven, who resist
Their souls with such passivity
As would make Quakers swear. All day, dear Lord, all day
They wear their godhead lightly.
They look out from their hill and say,
To themselves, “We have nowhere to go but down;
The great destination is to stay.”

Surely the nations will be reasonable;
They look at the world — don't they? — the world's way?
The clock just now has nothing more to say.

THE CAMPUS ON THE HILL. In: Poetry Foundation. Disponível em: < http://www.poetryfoundation.org/poem/171516>. Acesso 27. Fev. 2015.


“DEPOIS QUE A EXPERIÊNCIA ME ENSINOU...”

Depois que a experiência me ensinou que os círculos
comuns da vida social são fúteis e vãos;

Vou lhe mostrar algo muito
Feio: algum dia, isto poderá lhe salvar a vida.

Vendo que nenhuma das coisas que eu temia contêm
Em si mesmas nada de bom ou mal

O que se consegue sem fazer uso de uma faca;
Nada — igual a presilha da corda de um piano;

Excetuando apenas no efeito que elas tinham
Sobre minha mente, decidi indagar

Coloque os dois primeiros dedos desta mão;
Bifurque-os — um tipo de um “V de Vitória” —

Se houvesse alguma coisa de cuja a descoberta
Concederia-me uma felicidade infinda e suprema.

E empurrá-los nos olhos de teu inimigo.
Você tem que fazer isso fortemente. Muito fortemente. Então aperte

Nenhuma virtude poe ser pensada por ter prioridade
Acima deste esforço de preservar a existência de alguém.

Ambos os dedos abaixo a volta da maçã do rosto
E dar um chute bem alto no peito

Nenhum homem pode desejar agir corretamente, ser abençoado,
Viver justamente, sem sem simultaneidade

Você deve invocar cada força que você possui
E arrancar fora a completa máscara do rosto.

Desejando ser, agir, viver. Ele deve perguntar
Primeiro, em outras palavras, verdadeiramente existir.

E você, lastimador, que gasta teu tempo
Vadiando pela terra sem remorso,
Que mal, que indizível crime
Fizeste valoroso na tua vida?

Traduzido por Dalcin Lima aos 27 de fevereiro de 2015.

“AFTER EXPERIENCE TAUGHT ME...”

After experience taught me that all the ordinary
Surroundings of social life are futile and vain;

I’m going to show you something very
Ugly: someday, it might save your life.

Seeing that none of the things I feared contain
In themselves anything either good or bad

What if you get caught without a knife;
Nothing—even a loop of piano wire;

Excepting only in the effect they had
Upon my mind, I resolved to inquire

Take the first two fingers of this hand;
Fork them out—kind of a “V for Victory”—

Whether there might be something whose discovery
Would grant me supreme, unending happiness.

And jam them into the eyes of your enemy.
You have to do this hard. Very hard. Then press

No virtue can be thought to have priority
Over this endeavor to preserve one’s being.

Both fingers down around the cheekbone
And setting your foot high into the chest

No man can desire to act rightly, to be blessed,
To live rightly, without simultaneously

You must call up every strength you own
And you can rip off the whole facial mask.

Wishing to be, to act, to live. He must ask
First, in other words, to actually exist.

And you, whiner, who wastes your time
Dawdling over the remorseless earth,
What evil, what unspeakable crime
Have you made your life worth?

“AFTER EXPERIENCE TAUGHT ME...” In: Poetry Foundation. Disponível em:. Acesso em: 27. Fev. 2015.


A SALA DOS HOMENS NA CAPELA DA FACULDADE

Aqui, no porão mais anti Cristão
Desta “fortaleza para a mente cristã,”
Eles se fecham nestas quatro paredes cinzas, reprimem a vergonha,
E rabiscam sobre sexo e excremento,
Desenham figuras bestiais e assinam seus nomes ―
O velho, obsceno desrespeito da humanidade.

O humano subversivo em sua cela ―
Queima seus livros infames, esmaga seu credo,
Guarda-se a sete chaves até onde nenhuma luz chegue,
E nenhuma palavra viva possa trazer de volt para contar
Onde está sepultado como Monte Cristo ―
Entretanto, ele esculpe seus estrados nas paredes.

Na necessidade, os homens pintaram grutas profundas
Para invocar seus escuros deuses animalescos;
Mesmo os ultrajados primitivos Cristãos
Rezavam nas catacumbas para Bem proscrito,
Punham seus venerados mortos e abriam covas
Com piedosos lemas de resistência.

Esta é a última gruta, onde a alma
Dá voltas pelos cantos como uma besta
Cuidando de suas feridas de onde contempla
A vingança, como deve juntar todas
as forças, que causa perdida deverá ela defender,
de volta, sem governo e deformadas.

Traduzido por Dalcin Lima aos 28 de fevereiro de 2015.


THE MEN’S ROOM IN THE COLLEGE CHAPEL 


Here, in the most Unchristian basement
of this “fortress for the Christian mind,”
they close these four gray walls, shut out shame,
and scribble of sex and excrement,
draw bestial pictures and sign their name ―
the old, lewd defiance of mankind.

The subversive human in his cell ―
burn his vile books, stamp out his credo,
lock him away where no light falls,
and no live word can go back to tell
where he’s entombed like Monte Cristo ―
still, he’ll carve his platforms in the walls.

In need, men have painted the deep caves
to summon their animal, dark gods;
even the reviled early Christians
prayed in catacombs to outlawed Good,
laid their honored dead and carved out graves
with pious mottos of resistance.

This is the last cave, where the soul
turns in its corner like a beast
nursing its wounds, where it contemplates
vengeance, how it shall gather to full
strength, what lost cause shall it vindicate,
returning, masterless and twisted.

THE MEN’S ROOM IN THE COLLEGE CHAPEL. In: babelmatrix. Disponível em:< http://www.babelmatrix.org/works/en/Snodgrass,_W._D.-1926/The_Men_s_Room_in_the_College_Chapel> . Acesso em: 30. Jul. 2016


O CAMUNDONGO

Eu me lembro de um entardecer ― éramos pequenos ―
Quando brincávamos do lado de fora, nós encontramos um camundongo,
Uma coisinha empoeirada de cor cinza, estava
Ao lado da escada. Apreensivos pois ele podia estar morto,
Nós o carregamos por toda a casa
Num pedaço de estanho, chorando.

Crianças ridículas; podíamos berrar
Nossos olhos não viam nada. Todavia,
Quanta violência já vimos?
Eles ensinam que você tem que ser vivo, ser bem educado
Em todos os acontecimentos. Podemos ganhar tudo.
Não se lamente para conseguir seus intentos.

Afinal de contas, convivemos com algumas coisas
Mais amargas que a morte, frias como o ódio:
As velhas paixões insaciáveis,
Aquele desejo vazio que mantém o olhar fixo,
Educado, curioso como um gato,
Importunado-nos com nossas vidas;

Que te dá um tapinha, quer ver você rastejar
Alguém, então, te traz de volta vivo;
Que precisa de ti apenas um pouco machucado.
A mente fica vazia, vazios os olhos. Fraco com pavor,
Em choque, a respirar fica curta;
Prestamos atenção em nossas vidas.

E então o animalzinho
Se extingue; o entorpecido coração anos após ano
Sai de suas próprias preocupações, esquece seu pesar.
Asmático, tímido, com vinte e cinco anos, separado ―
No dia em que te deixamos na tua cova,
Eu não dispensei uma única lágrima.

Traduzido por Dalcin Lima em 01 de março de 2015.

THE MOUSE

I remember one evening-we were small-
Playing outdoors, we found a mouse,
A dusty little gray one, lying
By the side steps. Afraid he might be dead,
We carried him all around the house
On a piece of tinfoil, Crying.

Ridiculous children; we could bawl
Our eyes out about nothing. Still,
How much violence had we seen?
They teach you-quick-you have to be well-bred
In all events. We can't all win.
Don't whine to get your will.

We live with some things, after all,
Bitterer than dying, cold as hate:
The old insatiable loves,
That vague desire that keeps watch overhead,
Polite, wakeful as a cat,
To tease us with our lives;

That pats at you, wants to see you crawl
Some, then picks you back alive;
That needs you just a little hurt.
The mind goes blank, then the eyes. Weak with dread,
In shock, the breath comes short;
We go about our lives.

And then the little animal
Plays out; the dulled heart year by year
Turns from its own needs, forgets its grief.
Asthmatic, timid, twenty-five, unwed-
The day we left you by your grave,
I wouldn't spare one tear.

THE MOUSE. In: Birthdays of Poets. Dispoinível em:< http://birthdaysofpoets.blogspot.com.br/2009/01/what-poetical-celebration-of-w.html >. Acesso em: 01. Mar. 2015. 


BALANÇO DE ABRIL 


A verde catalpa tornou-se
Toda branca; a cerejeira floresce mais uma vez.
Em um ano inteiro eu não aprendi
Uma coisa sagrada que eles pagam por ela.
Os flocos de neve caem em meu cabelo;
As árvores e eu estaremos nus em breve.

As árvores têm mais do que eu para dar.
As educadas, dispendiosas garotas que eu ensino,
Mais jovens e mais rosadas a cada ano,
Florecem aos poucos fora de alcance.
A pereira deixa suas pétalas cair
Como caspa numa gola.

As garotas ficaram tão jovens já
Que eu tenho que me cotovelar para encará-las.
Neste ano elas sorriram e me fizeram notar como
Meus dentes estão caindo junto com meu cabelo.
Em trinta anos não ficarei
Mais jovem, astuto ou sem dúvidas.

A décima vez, exatamente a um ano atrás,
Eu fiz uma listinha para mim
De todas as coisas que eu deveria saber,
Então disse para meus familiares, para meu analista,
E para todos que acreditvam em mim
Que, em pouco tempo, eu seria forte.

Eu não li um livro sobre
Um livro ou decorei um enredo.
Ou encontrei um intelecto que não duvidasse.
Aprendi uma data. E então esqueci.
E um por um os íntegros literatos
Conquistam títulos, empregos e dólares.

E sorriem por cima de seus colarinhso engomados.
Eu ensinei noções de Whitehead em minhas aulas;
Uma amável garota, uma canção de Mahler.
Na carência um livro de pesquisa ou incentivos,
Eu mostrei as cores de
Uma mariposa lunar e ensinei como amar.

Eu ensinei a mi mesmo nome por nome,
Segurar a tosse, soltar o amor e o pranto;
Acalmar minha mulher assim que ela chegasse,
Tranquilizar um velhinho que estava à beira da morte.
Eu não aprendi quanto eu
Posso ganhar, amar, mas escolher a morrer.

Eu não aprendi que existe uma mentira
Que o maor será mais louro, mais insinuante, mais jovem;
Que meu olho ambíguo
Ama apenas a fome do meu corpo;
Que eu tenho forças, verdadeiramente para sentir,
Ou que o adorável mundo é real.

Enquanto os estudiosos falam com autoridade
E usam úlceras em mangas de camisa,
Meus olhos de óculos verão
Estás árvores procriarem e gastarem suas folhas.
Há um preço embaixo
Do ouro e da prata nos meus dentes.

Ainda que as árvores fiquem nuas e as garotas se tornem esposas,
Custearemos nossas dispensiosas estações;
Há uma gentileza que sobrevive
Que falará mais alto e terá seus motivos.
Há um encanto que existe,
Conservemo-nos, não para especialistas.

Traduzido por Dalcin Lima em 01 de março de 2015.

APRIL INVENTORY

The green catalpa tree has turned
All white; the cherry blooms once more.
In one whole year I haven’t learned
A blessed thing they pay you for.
The blossoms snow down in my hair;
The trees and I will soon be bare.

The trees have more than I to spare.
The sleek, expensive girls I teach,
Younger and pinker every year,
Bloom gradually out of reach.
The pear tree lets its petals drop
Like dandruff on a tabletop.

The girls have grown so young by now
I have to nudge myself to stare.
This year they smile and mind me how
My teeth are falling with my hair.
In thirty years I may not get
Younger, shrewder, or out of debt.

The tenth time, just a year ago,
I made myself a little list
Of all the things I’d ought to know,
Then told my parents, analyst,
And everyone who’s trusted me
I’d be substantial, presently.

I haven’t read one book about
A book or memorized one plot.
Or found a mind I did not doubt.
I learned one date. And then forgot.
And one by one the solid scholars
Get the degrees, the jobs, the dollars.

And smile above their starchy collars.
I taught my classes Whitehead’s notions;
One lovely girl, a song of Mahler’s.
Lacking a source-book or promotions,
I showed one child the colors of
A luna moth and how to love.

I taught myself to name my name,
To bark back, loosen love and crying;
To ease my woman so she came,
To ease an old man who was dying.
I have not learned how often I
Can win, can love, but choose to die.

I have not learned there is a lie
Love shall be blonder, slimmer, younger;
That my equivocating eye
Loves only by my body’s hunger;
That I have forces, true to feel,
Or that the lovely world is real.

While scholars speak authority
And wear their ulcers on their sleeves,
My eyes in spectacles shall see
These trees procure and spend their leaves.
There is a value underneath
The gold and silver in my teeth.

Though trees turn bare and girls turn wives,
We shall afford our costly seasons;
There is a gentleness survives
That will outspeak and has its reasons.
There is a loveliness exists,
Preserves us, not for specialists.

APRIL INVENTORY. In: Poetry Foundation. Disponível em:< https://www.poetryfoundation.org/poems-and-poets/poems/detail/42789 > . Acesso em: 01. Mar. 2015.

O HOMEM DO ESTRADO

Agachado, escuro com um anão,
Com um bloco de madeira apertado
Em cada mão, ele deslizava
A si mesmo ao longo das calçadas

Ou, por volta de 5 e 10, sentava-se
Naquela cadeira de rodas, implorando
Com lápis e um chapéu
Colocados em suas pernas de madeira grossa.

Seu olha fixo equiparou-se ao meu
Olhar fixo, quando eu era criança.
Ele não sentia necessidade de tentar
E daquelas acrobacias

Selvagens que nossos garotos fazem na corda bamba
Em suas novas arrojadas planchas.
Todavia ele subia as escadas, por cima do
Meio-fio, de algum modo, diretamente até a porta.

Dia após dia, se eu voltasse
Ao passado, eu não prestaria atenção.
Eu nunca lhe dei um centavo.
Afinal, tal sorte

Ele nunca pudera sentir.
Tais homens acostumam-se
Com a perca ― é ruim demais
Sem muitas coisas a perder.

Quanto ele poderia esperar?
Ele não cantaria tanto quanto.
Daquelas atrações circenses, palcos, púlpitos,
Ouvimos homens oferecendo

Novos talentos incríveis,
Espetaculares vantagens,
Que alguém modelou estranhas artes para se
Qualquer que fosse a carência que eles tivessem.

Alguns foram muito distante e perderam
Coisas que ele guardara de sua carência ―
Prestígio, amor, aplauso.
Eu viajaria rápido; pegando nada

Grátis e dando nenhum quarto de dólar.
A maldição está longe de ter sido dada
Quando eles levaram tua filha;
Eles não puderam deixar eu filho.

Traduzido por Dalcin Lima em 04 de março de 2015.


THE PLATFORM MAN

Squat, dark as troll,
With a gripped wooden block
In each hand, he rolled
Himself along the sidewalks

Or, by the 5 and 10, sat
On that wheeled dolly, begging
With pencils and a hat
Laid on his thick stumps of legs.

His stare leveled with my
Stare, when I was a child.
He felt no need to try
And of those wild

Stunts our tightrope clever
Kids do on their cool new boards.
Somehow he got upstairs, over
Curbs, somehow, through doors.

Day after day, if I went
Past, I didn’t look.
I never gave him a cent.
After all, such luck

As he had might rub off.
Such men better get used
To the loss ― it’s bad enough
Without more things to lose.

How much could he expect?
He wouldn’t as much as sing.
From sideshows, stages, lecterns,
We hear men offering

New incredible talents,
Spectacular handicaps,
Who’ve shaped strange arts to balance
Whatever it is they lack.

Some went too far and lost
Things he was saved from wanting ―
Influence, love, applause.
I’d travel light: take nothing

Free and give no quarter.
The curse is far from done
When they’ve taken your daughter;
They can take your son.

THE PLATFORM MAN. In: Literary Index. Disponível em: < http://www.galenet.com/servlet/LitIndex/hits?r=d&origSearch=false&ttlRad=to&o=DocTitle&n=30&l=12&c=1547&secondary=false&u=LitIndex&t=KW&s=2&TI=the+wee+free+man >. Acesso em: 04. Mar. 2015.


NÃO ADIANTA

Sem dúvida esta maneira é melhor.
Sem dúvida a tempo eu tive que aprender
A odiar você como o resto
Que, uma vez, eu amei. Como uma camisa
Velha que nós descosturamos e viramos ao avesso
Até que ela fique toda esgarçada,
Isto excessivamente ficaria frio.

Sem dúvida... sem dúvida...
E no entanto quem ousaria pensar assim
E, todavia, ouso pensar? Passamos
Por tudo isso; deveríamos achar
Que o homem que os deuses amaldiçoaram
Pode pedir e sempre alcançar
O amor, como náufragos conquistaram
Os mares inteiros para lhes aplacar a sede.
E no entanto... e no entanto...

Não adianta nos falar que o amor é
Inútil. Ressecado, partido, o coração
Esgota aquele amor que ama
E ainda anseia. Ainda nos importamos;
Nos privamos disso. Estamos separados.
Diga-me que não há desculpas,
Nenhum sentido para este desespero...
Não adianta... não adianta...

Traduzido por Dalcin Lima em 05 de março de 2015.


NO USE

No doubt this way is best.
No doubt in time I'd learn
To hate you like the rest
I once loved. Like an old
Shirt we unstitch and turn
Until it's all used out,
This too would turn cold.
No doubt...no doubt...

And yet who'd dare think so
And yet dare think? We've been
Through all this; we should know
That man the gods have curst
Can ask and always win
Love, as castaways get
Whole seas to cure their thirst.
And yet...and yet...

No use telling us love's
No use. Parched, cracked, the heart
Drains that love it loves
And still thirsts. We still care;
We're spared that. We're apart.
Tell me there's no excuse,
No sense to this despair...
No use...no use...

NO USE. In: Love Through The Ages. Disponível em: < http://nsfglita2.blogspot.com.br/2014/06/no-use-wd-snodgrass.html>. Acesso em: 04. Mar. 2015.



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Sobre Jus et Humanitas

Sou Dalcin Lima, advogado, tradutor e um apaixonado por Línguas e Literatura, especialmente poesia. Sou protetor de animais em geral.
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