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ROBERT FROST

Quatro vezes vencedor do Prêmio Pulitzer em poesia, o americano Robert Frost descreveu realisticamente para o homem comum a vida e as situações familiares da Nova Inglaterra através de uma poesia que se tornou uma referência no universo poético dos Estados Unidos. 

Robert Lee Frost nasceu no dia 26 de março de 1874, em São Francisco, para onde seu pai, William Prescott Frost Jr., e sua mãe, Isabelle Moodie, tinha se mudado pouco tempo após se casarem. Aos onze anos, após a morte do pai de tuberculose, Frost mudou-se com a mãe e a irmã Jeanie, que era dois anos mais nova, para Lawrence, Massachusetts. O poeta começou a interessar-se pela leitura e pela poesia durante seus dois anos de escola secundária em Lawrence, depois matriculou-se no Dartmouth College em Hanover, New Hampshire, em 1892, e sem seguida, mais tarde, foi para a Universidade Harvard em Boston, ainda que nunca tenha conseguido uma graduação universitária formal.

Após deixar o colégio, Frost desempenhou uma séria de atividades, isto é, trabalhou como professor, sapateiro e editor do Lawrence Sentinel. Seu primeiro poema publicado foi “My Butterfly," aos 8 de novembro de 1894, no jornal nova iorquino The Independent.

Em 1895, Frost se casou com Elinor Miriam White, com quem ele dividiu discursos acadêmicos na escola secundária e que foi a maior inspiração para sua poesia até a orte dela em 1938. O casal mudou-se para a Inglaterra em 1912, depois que tentou e fracassou na administração de uma fazenda em New Hampshire. Foi no exterior que Frost conheceu e foi influenciado por poetas britânicos contemporâneos tais como Edward Thomas, Rupert Brooke e Robert Graves. Ainda na Inglaterra, Frost também fez amizade com o poeta Ezra Pound, que divulgou e publicou seu trabalho.

Na época em que Frost voltou aos Estados Unidos em 1915, publicou duas completas coleções de poemas: A Boy’s Will (Um Desejo de Rapaz) (Henry Holt and Company, 1913) e North of Boston (Norte de Boston) (Henry Holt and Company, 1914), e sua reputação como poeta firmou-se então. Por volta de 1920, ele era o mais festejado poeta nos Estados Unidos e com cada novo livro — incluindo New Hampshire (Henry Holt and Company, 1923), A Further Range (Um Maior Espaço) (Henry Holt and Company, 1936), Steeple Bush (Arbusto do Campanário) (Henry Holt and Company, 1947) e In the Clearing (Na Clareira) (Holt Rinehart & Winston, 1962) — sua fama e honrarias (incluindo quatro Prêmios Pulitzer) cresciam.

Ainda que seu trabalho esteja associado com a vida e o panorama da Nova Inglaterra — e ainda que tenha sido um poeta de métrica e versificação tradicionais que se manteve firmemente indiferente aos movimentos poéticos e modismos de seu tempo — Frost não é nada mais do que apenas um poeta regional. Autor da busca e muitas vezes de escuras meditações sobre temas universais, Frost é um poeta essencialmente moderno por adesão à linguagem como atualmente falada, à complexidade psicológica de imagens e no grau ao qual seu trabalho esta infundido em escalas de ambiguidade e ironia.

Numa resenha de 1970, The Poetry of Robert Frost, o poeta Daniel Hoffman descreve o trabalho inicial de Frost como “ético puritano voltado surpreendentemente lírico e capacitado para descrever em alto e bom som as fontes e encantos do mundo," e comentários à carreira de Frost como “Bardo Americano”: “ele tornou-se uma celebridade nacional, nosso quase oficial poeta premiado e um grande artista da tradição do primeiro mestre vernacular, Mark Twain”.

Sobre Frost, o Presidente John F. Kennedy, em cuja posse o poeta declamou um poema, disse, “ele transmitiu à nação um arcabouço de imperecível verso no qual os americanos encontrarão, para sempre, alegria e identificação”.

Com a fama literária, Frost tronu-se um conferencista renomado, tendo, inclusive, visitado o Rio de Janeiro e São Paulo em agosto de 1954. Voltou à Europa em 1957 e entrou em contato com grandes nomes da literatura da época: W. H. Auden, E. M. Forster, Cecil Day Lewis, Graham Greene. Também visitou, em 1962, a então União Soviética.

Robert Frost viveu e ensinou por muitos anos em Massachusetts e Vermont. Após complicações de uma cirurgia de próstata, Frost faleceu aos 29 de janeiro de 1963 e foi sepultado no mausoléu da família em Bennington, Vermont.

Texto elaborado por Dalcin Lima, aos 13 de abril de 2016, a partir da tradução da biografia de Robert Frost disponível no site da Academy of American Poets. 

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Sobre Jus et Humanitas

Sou Dalcin Lima, advogado, tradutor e um apaixonado por Línguas e Literatura, especialmente poesia. Sou protetor de animais em geral.
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