James Dickey, cujo nome completo era James Lafayette Dickey, nasceu em 02 de fevereiro de 1923, em Buckhead, Georgia, um subúrbio de Atlanta.
Seu interesse por poesia foi despertado por seu pai, um advogado que costumava ler para seu filho discursos famosos. Na juventude, Dickey leu o trabalho de Byron e, mais tarde, um volume da poética de Byron foi a primeira aquisição do poeta. Sendo um rapaz alto – 1,90 cm – tornou-se um astro de futebol americano no ensino médio, consequentemente jogando como universitário na Clemson College, na Carolina do Sul.
Em 1942, Dickey deixou os estudpara se alistar na Força Aérea Americana. Em meio as missões de combate no Pacífico, leu o trabalho de Conrad Aiken e uma antologia de poesia moderna organizada por Louis Untermeyer e desenvolveu um gosto pelos poetas apocalípticos, incluindo Dylan Thomas e Kenneth Patchen.
Quando voltou da guerra, Dickey matriculou-se na Universidade Vanderbilt no Tennessee, onde estudou antropologia, astronomia, filosofia e línguas estrangeiras, bem como literatura Inglesa. Encorajado a escrever mais poesia, Dickey passou seu ano sênior focado em seu ofício e, consequentemente, teve um poema publicado na Sewanee Review. Determinado a escrever, conseguiu uma graduação, primeiro em Vanderbilt, depois na Universidade Rice em Houston, no Texas.
A Força Aérea reconvocou Dickey para treinar oficiais para a Guerra da Coreia. Na sua volta, assumiu um posto na Universidade da Florida, entretanto renunciou em abril de 1956, desencorajado pela qualidade institucional do ensino.
Aos 33 anos, Dickey mudou-se para Nova York, onde conseguiu um emprego para escrever anúncios de propaganda na prestigiada agência McCann-Ericson. Permaneceu em Nova York por vários anosantes de mudar-se para agências de Atlanta.
Em 1960, a primeira coleção de Dickey, Into the Stone and Other Poems (Na Pedra e Outros Poemas), foi publicada e logo o poeta largou ua carreira lucrativa para dedicar-se, em tempo integral, a sua carreira de poeta. Em 1961, foi agraciado com uma Bolsa Guggenheim e passou um ano na Itália com sua família. Dois de seus mais famosos volumes de versos, Helmets (1964) e Buckdancer’s Choice (A Escolha de Buckdancer)(1965), — pelos quais foi premiado com os prêmios Melville Cane Award e National Book Award—, foram publicados logo em seguida. Dickey, então, pôs-se a ensinar, dar conferências e escrever.
“Eu cheguei à poesia sem características próprias," Dickey declarou no Poetas de Howard Nemerov em Poetry. “Eu tinha começado a suspeitar, todavia, que há um poeta — ou uma espécie de poeta — sepultado em cada ser humano como Ariel em sua árvore, e que as pessoas de quem nos contentamos em chamar poetas são apenas aquelas que sentiram a necessidade e inventaram os meios de libertar este espírito de sua prisão.”
Aplaudido por seus ambiciosos experimentos com a linguagem e a sintaxe, os poemas de Dickey tratam da humanidade e violência ao apresentar os instintos de humanos e animais com antitético à falsa segurança da civilização. Chamado de “propositadamente excêntrico” pela New York Times Book Review e “naturalmente musical” pelo Chicago Tribune Book World, o trabalho de Dickey comprova o poder do espírito humano, especialmente sob condições extremas.
De 1966 a 1968, Dickey deteve a posição de Consultor de Poesia da Biblioteca do Congresso, um cargo que o transformaria em Poeta Laureado.
Em 1970, escreveu seu romance best seller, Deliverance. O livro, o qual foi mais tarde transformado num produção cinematográfica, expôs aos leitores às cenas de violência e apavorante horror, mais do que sua poesia tinha feito. Ainda que o romance tenha sido bem aceito, Dickey permaneceu dedicado à poesia.
“A Poesia é, eu creio, o mais alto patamar que a humanidade já alcançou," asseverou numa entrevista em 1981. “É a linguagem em si, que é um meio miraculoso que faz de cada coisa mais do que o homem jamais tornou possível.”
Em 1977 Dickey recitou na posse do President Carter e depois serviu como jurado da Yale Younger Poets Series.
No fim da vida, Dickey ganhou fama por seus poemas e histórias do Sul e reconhecimento por seu estilo Renascentista. Escritor, violinista, caçador, lenhador e herói de guerra, Dickey faleceu em 19 de janeiro de 1997, em Columbia, Carolina do Sul, após uma longa enfermidade.
Biografia traduzida por Dalcin Lim, em 24 de março de 2018, a partir do texto da Academy of American Poets, disponível em: < https://www.poets.org/poetsorg/poet/james-dickey >. Acesso em: 24. Mar. 2018.
0 comentários:
Postar um comentário